sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Pra não dizer que não falei da realidade

"Perceba que não tem como saber
São só os seus palpites na sua mão
Sou mais do que o seu olho pode ver
Então não desonre o meu nome."
Pitty

Talvez eu não consiga entender essa minhas palavras. É vida demais, realidade dura, leve, solta. MINHA realidade.
Ultimamente tenho tido preguiça de escrever. É porque às vezes a gente percebe que a vida não é só poesia bonita e eu, sinceramente, prefiro não jogar os meus problemas feios por aí. Outra dia me disseram que isso era fuga. Talvez sim, talvez não, isso eu não sei. Mas é fácil julgar sem saber. É muito fácil transformar a vida dos outros num filme trash onde as pessoas se pintam de preto e vivem num submundo, i(mundo). Não, a MINHA vida não é assim, não mesmo. A MINHA vida é pura cor, música, prosa, poesia. Dor. Arte. E você, quem quer que seja, não tem o direito de palpitar, não senhor. Aqui não há espaço para palpites, hesitações ou algo do gênero; o MEU viver é pra agora, sem do que me arrepender.

Eu realmente queria saber se o seu coração carrega tanto sentir quanto o MEU. Sabe a alma, aquela coisinha que a gente carrega lá dentro? Eu queria muito ver a sua. Saber se ela ousa perceber mais que o nosso mundo. Saber se você é alma. Amor. Não me interesso pela sua vida, mas me interesso pelas suas frustrações e pelas suas justificativas imundas pra tentar me desviar do MEU caminho. Aceite, pois, a MINHA acidez e a MINHA pena. Aceite o que há de mais podre e vil em mim, na tentativa de entender você. Provavelmente eu não conseguirei, porque em mim não há espaço para tanto rancor e medo da vida, não senhor. Aliás, vontade de viver é o que não me falta. Coração, amor e alma também não me faltam; também não me sobram pois deles eu preciso cada vez mais. Quanto mais vida couber no MEU coração, no MEU amor e na MINHA alma, melhor pra mim. E melhor ainda pra quem estiver comigo.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Transcendente

"Todos os sentimentos lhe tocam a alma, alegria ou tristeza 
Se espalhando no campo, no canto, no gesto, no sonho, na vida 
Mas agora é o balanço, essa dança nos toma, esse som nos abraça, meu amor."
Milton Nascimento, por Maria Rita

Meu coração é do tamanho do mundo. Aqui dentro ele bate, pulsa, (re)pulsa. Para, às vezes. E me move junto com toda a minha vontade e urgência de viver. Sou capaz de me emocionar por coisas tão simples e por vezes tão bobas que nem eu mesma acredito. Me espalho, me ajunto, faço versos, faço prosa e me perco em tanto sentir.

Meu coração me faz viver na minha eterna antítese menina-moça-mulher;  "menina quando sorri e senhora nas incertezas". Menina-forte, mulher-frágil, baba-de-moça doce que só. 
Meu coração me faz música, letra e dança. Vontade de dançar envolta em cores, braços, abraços, gestos, sorrisos, delícias. Riffs de guitarra, vento, sol no rosto, samba, bossa-nova, pura bossa. E explodir canções, poesias e amores. Amor. Esse amor transcendental que me toma por inteiro e me faz crer na vida e em tudo que há de bom pra se viver. Amor transcendental que sou. E sempre serei.

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PS: Desculpem a inconstância, mas a medicina tem me tomado por inteiro meus queridos!
Beijos e sorrisos!