domingo, 30 de agosto de 2009

Eu não tenho pena do meu coração

"Adoro essas tuas confusões criadas na cabeça.
Que te fazem escolher ter três amores,
por não saber qual ama mais. "
Matheus Nasca, Você por nós, no Mim Observador.


Não, eu não me satisfiz com a última rasteira que eu mesma dei no meu coração. Lá vou eu me auto-sabotando outra vez. Lá vou eu inventando um outro amor. Lá vou eu sonhando em morar naqueles olhos e me perder naquele sorriso. Lá vou eu me imaginar naquelas histórias há muito já vividas. Tudo isso ao mesmo tempo em que eu ainda insisto num outro final feliz improvável. 
Eu e a minha mania de me apaixonar por tudo e por todos. De me achar em versos, toques, olhares. Eu e a minha mania de enxergar príncipes encantados. De gostar desse calorzinho no coração. De escutar "seu corpo combina com meu jeito, nós dois fomos feitos muito pra nós dois..." e ficar parecendo uma boba, sabendo que estou apenas inventando e ainda sim acreditando nos meus amores. Com aquele pensamento cretino de que se tantos já deram certo, por que esse não daria?
Tira esse sorriso da cara, menina! Tira essa certeza incerta desse seu coração levado. Aliás, aquieta esse coração; qualquer dia ele para por aí e você vai ter a cara de pau de dizer não saber o porquê. Quando na verdade você vive se metendo em aventuras sem saber se vai dar conta de tanta adrenalina. 
Mas sabe o que é? Você gosta da emoção, do risco.Você não consegue não se deixar envolver. Você não consegue simplesmente ignorar a conversa da semana passada, a poesia dedicada e nem aquele sorriso descompromissado. Qualquer convite é motivo pra festa, roupa nova, Victoria's Secrets e mil expectativas. Expectativas essas que podem ou não serem alcançadas. Mas qual o problema, você não gosta de arriscar?


(A verdade é que eu gosto de sentir. E com isso fazer cada pedacinho do meu corpo vibrar, e meu coração parecer uma bateria inteira de tanto tum-tum-tum. Resta saber até quando. E, pra ser mais sincera, eu espero que seja assim pra sempre.)

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

O que eu aprendi na minha primeira aula de Propedêutica

Talvez muitos não saibam, mas eu sou estudante de Medicina do 4º período. Daí que no 4º período é a primeira vez na vida médica que a gente tem contato direto com hospital, pacientes, doenças e mais todas as mazelas humanas, numa disciplina chamada Propedêutica (que numa explicação bem simples seria uma introdução à clínica médica). Enfim...

M.J.M., 89 anos, sexo feminino. A primeira coisa que eu aprendi com ela foi ouvir. Mesmo que a paciente queira contar das mangueiras e goiabeiras do seu quintal e dos passarinhos que por lá cantam, e te convidar pra ir na casa dela tomar uma cervejinha. Aprendi também a fazer uma anamnese (que é a entrevista com o paciente), a estabelecer uma boa relação médico-paciente e mais tudo que os livros trazem friamente nas suas páginas. Como se houvesse um manual de "Como conquistar a confiança do seu paciente em 10 passos". Hum, como se não precisasse de uma coisa chamada empatia, necessária pra que qualquer relação interpessoal seja satisfatória. 
Quando eu entrei pra Medicina com aquele pensamento romântico de Patch Adams (ainda sim, quero ser que nem ele!) eu não imaginava o quanto ia ser complexo. Não falo da Biofísica, Bioquímica, Fisiologia, Anatomia, dentre tantas outras disciplinas. Falo do sentimento, do psicológico, das dificuldades pessoais, das desilusões, daquele professor que você olha e diz "cara, como esse indivíduo tem coragem de dizer que é médico se ele não olha na minha cara nem pra responder uma pergunta?". Falo do nó na garganta que eu sinto quando eu vejo que cada vez mais se formam médicos medíocres. Aí eu volto ao meu pensamento romântico e prometo a mim mesma que eu não vou ser assim, que eu vou ser a melhor médica do mundo. E vou, embora tudo seja tão difícil e complexo. 
E não vou esquecer da coisa mais linda que eu aprendi na minha primeira aula de propedêutica, que não foi com nenhum dos meus professores, mas com uma paciente, a dona M.J.M.: "A gente não pode ser egoísta, porque a gente tá nesse mundo pra ajudarmos uns aos outros". 
Sábias palavras dona M.J.M. Sábias palavras.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Carta à(s) amiga(s)

"A gente se entende
se sente tão bem."
(Fernanda Mello e Rogério Flausino)



Eu devia ter escrito uma carta pra você há séculos, mas eu acho esse negócio de carta meio ultrapassado. Mentira, eu amo cartas. A verdade é que a trabalheira que eu ia ter pra ir no correio, comprar selo e envelope num vale à pena. Amiga, você vale (e muito!) à pena. O que não vale é eu chegar no moço do correio e perguntar como faz pra mandar uma carta pra BH e ele me responder mal-educado pensando que eu sou uma burra de não saber mandar uma carta.
Enfim.
Aqui acontecem batalhas, todos os dias. Eu e os meus ex/atuais, eu e pessoas que não valem o esforço, eu e meus fantasmas de todos os dias, eu e meu coração (que como você bem sabe, insiste em amores sem solução). Mas a verdade é que sou eu que não tenho solução. Vivo com a cabeça na lua e o coração por aí.
Aliás, A GENTE é assim né? A gente ama, sofre, se estrepa, morre e renasce. Vivemos inventando amores, ilusões, músicas. Nós e a nossa vontade de viver o mundo. Nós e nossos planos terroristas. Nós e a nossa mania de querer casar com o John Mayer, o Tiago Iorc, o Branquelo (olha o risco huhuhu!) e os nossos amores verdadeiros de uma vez só. Nós e os nossos excessos de álcool, fotos, noitadas e dias incríveis. 
Tudo isso eu disse pra agradecer. Pelo carinho, pela cumplicidade, pela amizade apesar dos obstáculos, pelo amor e por tudo que a gente vai viver.
Amo você!



******************

PS: Essa carta eu estava escrevendo pra uma grande amiga, pra quem eu estava devendo uma carta faz muuuito tempo. Mas aí, à medida em que eu ia escrevendo, comecei a encontrar um pouco de cada uma de todas as minhas amigas, sejam elas de BH ou do Rio ou de qualquer lugar do mundo. Esse aqui é pra TODAS vocês!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Fragmentos de férias

Colo de pai e mãe
amigos queridos
meu violão que desafina acordes
fim de férias
saudades imensas.

O amor que não veio, o belo horizonte que fica.
Fica a vontade
fica o vazio.
Ficam as culpas, os enganos.
Me acompanham os sonhos, os planos, as minhas insanidades.
Me desfaço dos medos e do que não me serve mais
Me alimento e me embriago de lindas palavras.

Prometo não mais querer o improvável
(embora deixar de amá-lo seja quase impossível).
Escrevo cartas e poemas inacabados
Acredito em amores que inventei.

Vejo as (minhas) montanhas,vejo o belo e seus horizontes,
o pôr-do-sol,
os músicos, a música.

Amo, sorrio
sonho sinto, acredito.
Permaneço louca, indecifrável e linda
Permaneço doce
Permaneço intensa.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Selo!


Mais uma vez a Malu, do Thoughts Single, indicou o blog a um selo!

Vamos às tarefas:

Regras:
- Deve exibir o selinho em seu blog.
- Postar o link do blog que te indicou.
- Listar 5 desejos de consumo que te deixariam mais glamurosa.
- Indicar 5 amigas glamourosas e avisá-las que foram escolhidas. 


Desejos:

* Um apê em Ipanema (Leblon também serve!)
* Um fiat Stilo (não agueeento mais essa vida de a pé!)
* Make-up compleeeeta da Lancôme (Luuxo!)
* Viagem (com direito a banho de loja!) para Paris
* Passe livre vitalício pra um spa
(sonha neném, sonha!)

Indicadas:

* Nathália- Cólica Mental
* Priscila- Mar-íntimo
* Ingrid- Um quê de qualquer coisa
* Carolina- E agora, José?
* Tatiana- Espelho Mágico
* Déia- Depois do divã

(Me empolguei, malzaê!)


Malu, muuuito obrigada pelo mimo!
Beijos.